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Mielopatia cervical: o que é e como tratar

Postado: 4 de julho de 2022

Já ouviu falar em mielopatia cervical? Com o passar dos anos, os sinais de envelhecimento se tornam muito presentes em diversos órgãos do corpo, o que inclui a região da coluna. Por isso, os cuidados preventivos com essa área tão delicada precisam ser redobrados, e um dos problemas que pode ser desencadeado é o estreitamento do canal vertebral, ou seja, o espaço por onde passa a medula.

Quando isso ocorre, pode ser desencadeado um processo de compressão e lesão da medula, gerando o diagnóstico da mielopatia cervical. Essa condição prejudica muito a qualidade de vida das pessoas, que passam a conviver com desequilíbrio, fraqueza muscular, perda sensibilidade e destreza das mãos, entre outras manifestações graves.

Conheça o que é mielopatia na coluna cervical, suas causas, formas de diagnóstico e tratamentos adequados.

A mielopatia cervical é causada principalmente pelo estreitamento do canal vertebral.

Nesse artigo você vai ver:

O que é mielopatia na coluna cervical?

A mielopatia cervical é uma doença que resulta de uma lesão da medula espinal, ou seja, ocorre por sua compressão ocasionada por modificações degenerativas na coluna. Suas consequências podem ser irreversíveis, mas, com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, há grandes chances de cura.

O que causa a mielopatia cervical?

A condição é causada principalmente pela estenose – que consiste no estreitamento do canal vertebral. Isso ocorre porque, com o avanço no processo de degeneração da coluna vertebral, as alterações degenerativas podem deixar o espaço para a medula muito pequeno.

Dessa forma, essa condição está diretamente relacionada ao processo de envelhecimento, sendo mais comum em pessoas com mais de 50 anos, e provoca alterações nas articulações entre as vértebras, ocasionando diversos problemas na coluna vertebral. Vale destacar que a mielopatia cervical pode surgir por outras razões, como a existência de artrite reumatoide, traumatismos ou patologias infecciosas e tumores.

Principais sintomas

·   Diminuição da força das mãos e pernas;

·   Perda do equilíbrio corporal e da coordenação motora;

·   Dor e rigidez na região do pescoço;

·   Formigueiro ou dormência nos membros (braços e mãos).

Como obter o diagnóstico dessa condição?

Após a suspeita, o médico especializado em coluna certamente realizará uma série de exames físicos e neurológicos, que poderá confirmar a presença da disfunção medular. Em seguida, o paciente precisará fazer exames de imagem para identificar o nível de comprometimento da compressão.

Assim, o Raio-X apresenta as alterações degenerativas típicas do processo de envelhecimento, mas a visualização da medula somente é possível por meio da ressonância magnética da coluna, que traz um panorama completo da compressão e do sofrimento da medula. Além disso, de forma complementar, pode ser solicitada a realização da Tomografia Computadorizada da região da coluna.

Como tratar a mielopatia cervical?

O tratamento depende do grau de comprometimento da coluna, podendo utilizar o método conservador, com o uso de medicamentos e exercícios de fisioterapia, até a cirurgia. A estimativa é que metade dos casos diagnosticados precisa de acompanhamento frequente para o controle da doença, já que o quadro tende a piorar em até 4 anos, aumentando os riscos de quedas e traumas.

Como ocorre a cirurgia da mielopatia cervical?

O objetivo da cirurgia é descomprimir e estabilizar a coluna. A descompressão pode ser feita por uma via anterior ou posterior no pescoço, sendo as técnicas mais utilizadas: laminectomias, laminoplastias, corpectomias e discectomias. Isso garante a excisão dos elementos que comprimem a medula. Para estabilização realiza-se a artrodese, na qual se une dois ou mais ossos da coluna, com o objetivo de melhorar a estabilidade da coluna. Nesse caso, o procedimento cirúrgico pode precisar de materiais específicos, como o parafuso, a barra e a placa cervical.

Quais são os riscos da doença?

As cirurgias nestes casos são bastante seguras, embora apresentem baixa chance de complicações, como infecção, hematoma local, lesão nervosa. Além disso, o paciente pode apresentar dificuldade de engolir, ter a voz alterada, dor local,  desvio de implantes, dentre outros, que mesmo sendo raros, é possível ocorrer. Por isso, optar por um médico especializado em coluna de sua confiança é muito importante para o tratamento dessa doença.

Esta é uma doença crônica e progressiva e que requer acompanhamento médico contínuo para evitar a sua evolução. Caso você tenha algum dos sintomas, procure um especialista o quanto antes, pois essa condição pode ser controlada e diagnosticada a tempo, sendo grandes as chances de ser revertida.

Por Fabio Vieira – Cirurgião da Coluna

Publicado por: drfabiovieira

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Dr. Fabio Vieira

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Dr. Fábio Vieira é ortopedista, especialista em Coluna e Cirurgia de Coluna, tratamento de deformidades e técnicas minimamente invasivas.
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