O Ministério da Saúde define a Lesão do Esforço Repetitivo (LER) como “a lesão causada pelo desempenho de atividade repetitiva e contínua, como tocar piano, dirigir caminhões, fazer crochê, digitação etc.”

Frequentemente, o diagnóstico é compreendido como uma doença ocupacional, ocasionada por tarefas de trabalho desgastantes para o corpo humano.

Além dos movimentos repetitivos, a postura incorreta, o carregamento de pesos e o tracionamento são justificativas frequentes para o surgimento do problema.

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• Quais são os sintomas das lesões do trabalho?
• Previna lesões no trabalho com essas dicas

Quais são os sintomas das lesões do trabalho?

As lesões por esforços repetitivos se instalam progressivamente e podem passar despercebidas por anos, até que a dor fique quase insuportável.

Algumas das queixas comuns são:

●       Fadiga muscular

●       Inflamação local crônica

●       Sensibilidade ao toque

●       Queimação

●       Dor intensa

●       Dificuldade para movimentar os dedos

●       Formigamento nas extremidades

Além do embasamento nos sintomas, o diagnóstico é feito com a investigação do histórico do paciente e com exames físicos de imagem.

Previna lesões no trabalho com essas dicas

As ações preventivas, recomendadas para evitar as lesões ocupacionais causadas por esforços repetitivos, se baseiam em adaptações de postura ou no ajuste do meio ambiente.

Existem diversos estudos que norteiam essas orientações, levando em conta as características psicofisiológicas e as particularidades do corpo humano.

Algumas dicas para evitar lesões:

●       Se você trabalha com digitação em um computador, programe pausas de 5 minutos a cada 25 minutos de trabalho.

●       Para cada 50 minutos em frente ao computador, levante-se de sua cadeira e se movimente por 10 minutos. Você pode caminhar rapidamente ou se alongar. O objetivo é romper a inércia e estimular a circulação do sangue.

●       Não passe mais de 5 horas por dia em trabalhos de digitação.

●       Beba água ao longo do dia e não segure a urina.

●       Ajuste sua postura enquanto estiver trabalhando. É ideal que os ombros fiquem relaxados, pulsos retos, costas bem apoiadas em um encosto de cadeira confortável.

●       Mantenha as plantas dos pés totalmente apoiadas no chão. Isso também vai favorecer a boa postura das costas.

●       Mantenha um ângulo reto entre suas costas e o assento da cadeira.

●       Invista em uma cadeira ajustável que possibilite adequar sua altura em relação à mesa de trabalho. Ela é um dos objetos mais importantes na prevenção de lesões!

●       Tente não ter o hábito de deixar os cotovelos apoiados nos braços da cadeira.

●       Não utilize apoio de pulso durante a digitação, pois isso pode comprimir os nervos do túnel do carpo. O ideal é que a digitação seja feita com os pulsos ligeiramente levantados e que os apoios de pulso sejam utilizados somente durante as pausas.

●       Mantenha o monitor do computador a uma distância mínima de 50 e máxima de 70 centímetros – o equivalente ao comprimento de seu braço. A regulagem da altura da tela deve ser tal que se situe entre 15 e 30 graus abaixo de sua linha reta de visão.

●       Se trabalha carregando pesos, cuide da postura ao abaixar-se para pegar a carga. O correto é agachar dobrando os joelhos, mantendo a coluna ereta.

●       Evite o sedentarismo e pratique exercícios regularmente, com orientação profissional. Inclua nessa rotina movimentos de alongamento e de fortalecimento muscular.

●       Mantenha-se dentro do peso adequado à sua altura,  orientando-se pelo índice de massa corporal (IMC).

●       Faça consultas regulares ao seu médico ortopedista, relate a ele suas condições de trabalho e peça orientações individualizadas.

Além dessas orientações, a Norma Regulamentadora número 17 (NR 17) descreve várias outras recomendações ergonômicas para serem adotadas no ambiente do trabalho.