Osteoporose é uma doença metabólica que leva à diminuição da massa óssea e, consequentemente, ao enfraquecimento dos ossos.

Quem tem osteoporose está mais suscetível a fraturas e a complicações crônicas que incluem dor, deformidade, redução da mobilidade, aumento da mortalidade e queda na qualidade de vida.

Hoje, as estimativas de fratura osteoporótica estão em aproximadamente 50% para as mulheres e 20% para os homens, com idade igual ou superior a 50 anos. Dessa forma, a fratura do quadril é a que apresenta maior risco de mortalidade: de 12% a 20%.

Devido à elevada prevalência, a osteoporose representa um sério problema de saúde pública, por isso trago informações relevantes sobre o tema nesta matéria.

Neste artigo você encontra:

• É possível prevenir a osteoporose?
• “Fui diagnosticado com osteoporose. E agora? Como tratar?”
• Em casos de osteoporose avançada, aprenda a evitar as quedas.

É possível prevenir a osteoporose?

Sim, evitar fraturas vertebrais e não vertebrais causadas por osteoporose é possível!

Para isso, garantir a ingestão adequada de cálcio todos os dias é de suma importância. Também é importante ter níveis de vitamina D superiores a 30 e consumir as vitaminas e minerais que permitem a calcificação óssea, como magnésio, zinco e vitamina K.

Ainda falando em alimentação, é indicado pelo Ministério da Saúde que se evite carne vermelha, refrigerante, café e sal em excesso.

Para atingir bons níveis de vitamina D, é de suma importância a exposição solar moderada. 20 a 30 minutos de sol por dia, entre as 6h e 11h são suficientes.

Um outro fator chave para fortalecer os ossos é a prática de exercícios físicos que estimulem o processo de calcificação. Pratique exercícios de impacto orientados por um profissional da Educação Física.

“Fui diagnosticado com osteoporose. E agora? Como tratar?”

Neste caso, ainda é preciso aderir aos hábitos descritos acima para evitar a progressão da doença.

Mas atenção: quando a osteoporose já está instalada, deve-se tomar cuidado com os exercícios físicos de impacto! No entanto, dependendo do seu nível de osteoporose, exercícios de baixo impacto, devidamente orientados por um profissional, podem ser indicados como parte do tratamento.

Além disso, medicamentos de controle podem ser necessários – e eles devem ser prescritos pelo seu ortopedista.

Tenha em mente que as orientações de tratamento devem ser personalizadas, pois as causas da  osteoporose podem variar muito. Mulheres na menopausa, por exemplo, podem precisar de terapias hormonais para tratar a osteoporose.

Sabendo que a herança desempenha papel importante no metabolismo ósseo, costumo iniciar a anamnese de meus pacientes com uma investigação da família, questionando sobre a incidência de fraturas da coluna, extremidade distal do rádio ou bacia.

Além disso, devem ser realizados para que se compreenda melhor o problema, exames de sangue e densitometria óssea. Assim, a terapêutica será mais assertiva.

Em casos de osteoporose avançada, aprenda a evitar as quedas.

Na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde constam algumas dicas práticas e bastante eficientes descritas pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

São elas:

●     Evitar tapetes soltos, preferindo os de borracha e antiderrapantes;

●     Pisos antiderrapantes para áreas molhada – como box, áreas externa e corredores;

●     Interruptores próximos da cama ou abajures para iluminar o quarto até que a pessoa com osteoporose se deite;

●     Mesa de cabeceira mais alta que a cama, com bordas arredondadas e fixa no chão ou na parede. Isso vai ser útil caso a pessoa precise de apoio.

●     Corrimão com altura média de 80 cm nas escadas.

●     Uso de sapatos confortáveis, antiderrapantes e que fiquem fixos nos pés.

●     Instalação de barras de apoio no banheiro e outras áreas molhadas.