Quais são os riscos da raquidiana à coluna?
Postado: 9 de maio de 2022
Postado: 9 de maio de 2022
Uma pergunta comum para quem vai fazer uma cirurgias que precisem de anestesia, como uma cesariana, é: Existem riscos da raquidiana à coluna? O procedimento causa medo em muitas pessoas, porém, o que nem todos sabem, é que um recurso para evitar a sensação de dor, garantindo o conforto e a segurança do paciente.
Quando a indicação médica é pela raquianestesia, a preocupação de muitos passa a ser em relação aos possíveis riscos à coluna e aos seus efeitos colaterais.
A ráqui, como é conhecida, é aplicada pouco antes do início da cirurgia, no espaço no qual circula o líquido cefalorraquidiano, transportando as substâncias até o sistema nervoso.
O anestésico é injetado na coluna lombar, bloqueando a parte motora de forma imediata.
A aplicação pode ser acompanhada de sedação, para os casos de cirurgias, ou sem sedação, como é feito nas cesarianas para manter a mãe acordada e durante o nascimento do filho.
Assim, após 15 minutos da aplicação, a raquianestesia atinge o seu efeito por completo.
A raquianestesia é indicada para cirurgias na região abdominal e membros inferiores, já que permite a perda total de sensibilidade apenas de algumas regiões do corpo.
Como é um tipo de anestesia que exerce menos pressão sobre o organismo do que a anestesia geral, geralmente é recomendada para intervenções cardiovasculares, urológicas, ortopédicas e, como já mencionado, na obstetrícia.
A princípio, entre os efeitos colaterais da raquianestesia, o mais comum é a cefaleia pós-raqui. Caracterizado por uma dor intensa, esse sintoma aparece quando o paciente fica em sentado ou de pé.
Além disso, é possível sentir dores também ao se deitar, mas que pode ser amenizadas com o uso de analgésicos.
Eventualmente, a raquianestesia pode causar queda de pressão, falta de ar, formigamento, coceira, tremores pelo corpo e sonolência.
Entretanto, todos esses efeitos serão controlados pelo responsável que acompanhará o paciente desde o pré até o pós-operatório.
Pacientes sem mobilidade total e que não conseguem manter uma postura que favoreça o procedimento podem não ser indicados para receber a ráqui.
Do mesmo modo, outras contraindicações são apontadas: distúrbios de coagulação, infecções na área puncionada e comprometimentos dos nervos periféricos dos membros inferiores.
A raquidiana é administrada por uma injeção que atravessa as camadas que protegem a coluna vertebral, atingindo a última, antes da medula.
Sendo assim, o único risco de sequelas vai depender da aplicação. Caso seja mal aplicada entre as vértebras, pode ferir o nervo da coluna, causando dores intensas na cabeça.
Logo, é importante lembrar que, antes da aplicação da anestesia, é feita a consulta pré-anestésica com o médico responsável.
Esse encontro entre médico e paciente é fundamental para esclarecer dúvidas e reduzir a ansiedade durante o pré-operatório.
Por Dr. Fábio Vieira – Cirurgia da Coluna
Publicado por: drfabiovieira
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