A artrodese consiste em um tratamento cirúrgico no qual uma ou mais vértebras da coluna são unidas (fusão), de forma que os movimentos entre elas sejam interrompidos. Durante o procedimento cirúrgico, é inserido um enxerto ósseo entre as duas vertebras, possibilitando que o organismo atue na cicatrização (consolidação) dos ossos e do enxerto após alguns meses.
Existem diversas razões potenciais para um cirurgião considerar artrodesar um segmento vertebral. Entre elas estão: tratamento de fraturas vertebrais; correção de deformidades (escorregamentos, escolioses, cifoses); eliminar dor de um segmento vertebral; tratamento de instabilidade; e, tratamento de algumas hérnias de disco cervicais.
A técnica pode ser realizada por via posterior (artrodese posterior, posterolateral ou TLIF), via anterior (ALIF) ou via lateral (XLIF). Para auxiliar o processo de artrodese pode ser utilizado implantes, tais como placas, hastes, parafusos e espaçadores (cages), a depender da avaliação do médico cirurgião.
Com ou sem instrumental, é importante que enxerto ósseo ou substitutos ósseos sejam utilizados para gerar fusão. O enxerto pode ser retirado de outro osso do paciente (autólogo) ou pelo uso de enxerto sintético. Fusão por osso retirado do próprio paciente tem uma grande história de sucesso e mantém-se sendo o “padrão ouro” para artrodese. A crista ilíaca é bastante utilizada como fonte de enxerto ósseo. Tabagismo, comorbidades, medicações para outras doenças e a saúde em geral podem afetar e diminuir a taxa de cicatrizaçãoo e fusão óssea.
O manejo pós-operatório depende da extensão do problema e da cirurgia, do diagnóstico e do número de vértebras acometidas. De maneira geral, não há necessidade de repouso após o procedimento. Pode haver algum desconforto no local da cirurgia, em particular, nas primeiras 3 a 4 semanas, que pode ser controlado com medicações analgésicas.