A escoliose caracteriza-se pelo desvio lateral da coluna, formando uma curvatura anormal que pode afetar tanto a região lombar, torácica ou cervical. Este tipo de desalinhamento afeta cerca de 3% da população mundial, que pode apresentar a alteração em diferentes graus e tipos, e resulta em transtornos tanto de ordem estética como funcional (dor e comprometimento pulmonar).
A maioria dos casos, particularmente aqueles que ocorrem nos adolescentes, tendem a ter uma origem genética. Entretanto, algumas doenças neuromusculares, como a paralisia cerebral, podem causar escoliose também. Além do mais, degeneração assimétrica dos discos vertebrais podem gerar uma curva na coluna, resultando em uma forma de escoliose que afeta primariamente os adultos.
O tratamento da escoliose é sempre individualizado, e depende diretamente de fatores como a causa do problema, o grau da curvatura, a velocidade com que a deformidade está evoluindo, a idade do paciente e os desconfortos sentidos por ele. A cirurgia para correção do desvio é indicada quando a curvatura da coluna se apresenta com 50 graus ou mais, mesmo porque ela pode continuar progredindo se a intervenção não for realizada e, como consequência, afetar até mesmo as funções pulmonares. Com a cirurgia é possível obter 50% de correção ou mais.
A correção da escoliose normalmente envolve a colocação de ganchos e parafusos ao longo do comprimento da curva e estes instrumentos irão diminuir a curvatura na maioria dos casos. Enxerto ósseo ou substitutos ósseos podem ser usados para fundir ou artrodesar as vértebras em uma posição mais reta e menos curvada da coluna. Após a artrodese da coluna, a maioria das pessoas permanece com mobilidade suficiente na coluna para executar todas as atividades da vida diária e a maioria dos esportes.